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Como lidar com as perdas de alfabetização acentuadas pela pandemia

Municípios parceiros do Instituto Raiar realizam diagnóstico de aprendizado para corrigir lacunas de aprendizagem e promover desenvolvimento pleno das crianças



Se, no Brasil, a maioria das crianças já chegava ao final do 3º ano sem as habilidades esperadas de escrita e leitura antes de 2020, a pandemia deixou essas lacunas ainda mais evidentes. Apesar das aulas e atividades remotas (que não foram acessíveis a todas as crianças), o distanciamento físico entre professor e aluno prejudicou o aprendizado.


Uma pesquisa vinculada à Fundação Getúlio Vargas (FGV) indica que o impacto da pandemia sobre a educação brasileira pode gerar perdas de aprendizagem referentes a três anos de estudos entre alunos de ensino fundamental e médio.


Para corrigir essas lacunas, os municípios parceiros do Instituto Raiar estão realizando diagnóstico de aprendizado com os estudantes que ingressaram no 2º ano. O objetivo é garantir que as crianças sigam para o ano seguinte com os requisitos de alfabetização cumpridos.


A partir dos resultados obtidos com o diagnóstico, cada rede municipal irá estabelecer estratégias de recuperação que serão inseridas no plano de aprendizagem pós-pandemia.


Avaliando o cenário


Na rede municipal de Sapucaia do Sul, as coordenadoras Gisele Barreto dos Santos e Diane Dutra estão conduzindo a formação dos professores que irão aplicar os testes de diagnóstico nas próximas semanas.


“Os resultados vão nos dar respostas e a partir daí podemos elaborar as estratégias junto à equipe técnica do Instituto Raiar e do Instituto Alfa e Beto, que são nossos parceiros na promoção da alfabetização”, explica Gisele, que enfatiza a importância da aprendizagem baseada em indicadores. “O diagnóstico é um ponto de partida pelo qual podemos saber de onde o professor do 2º ano pode começar, considerando a trajetória dos alunos no ano anterior.”


Tradicionalmente, o diagnóstico é uma ferramenta utilizada pelos municípios parceiros do Raiar para acompanhamento da trajetória escolar de cada aluno. Com o afastamento presencial da escola, torna-se indispensável para promover aprendizagem plena.


“Os resultados nos dão uma base para mapear o desenvolvimento dos alunos e toda a defasagem causada pela pandemia. Através do diagnóstico podemos evitar repetência e evasão, pois vamos identificar lacunas e propor estratégias de antemão que vão possibilitar que o aluno aprenda”, afirma Diane.


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